5 de fevereiro de 2014

Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF

Acreditamos viver em uma sociedade evoluída que deixou no passado seus atos mais desumanos. Porém estamos bem enganados.
Muitas torturas que pensamos encontrar descritas apenas nos livros de história, ainda acontecem, e muito. Por não fazer parte do nosso cotidiano, por medo dessa realidade ou mesmo por informações camufladas ou por pura falta de interesse em buscar saber mais sobre as condições de vida fora do nosso círculo, acabamos não sabendo dessas aberrações.
Quem aqui sabia que até hoje a mutilação genital feminina é praticada? E não são apenas casos localizados, cerca de 140 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo sofrem hoje com as consequências da MGF (mutilação genital feminina).




Mas não precisamos só ficar perplexos e enojados dessa realidade. Podemos mover o mundo através da troca de informações. A próxima quinta-feira, 06/02, é o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, dia para levarmos essa informação adiante e abrir os olhos. Segundo a ORG Plan Brasil essa prática fere os direitos humanos e existe em pelo menos 28 países da África e do Oriente Médio. A MGF também acontece na àsia e em comunidades emigrantes na Europa, América do Norte e Austrália.




A Mutilação Genital Feminina consiste na remoção de uma parte ou da totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças. Há vários tipos de mutilação e com gravidades diferentes. Não há idade para mutilação, pode acontecer com recém nascido até à primeira gravidez, e a maioria acontece entre os quatro e oito anos das meninas. 



A MGF consiste na remoção de uma parte ou da totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças. Há vários tipos de mutilação – com gravidades diferentes. Em algumas tradições são removidos o clítoris ou os lábios vaginais, mas uma das práticas de maior gravidade – chamada infibulação – consiste na costura dos lábios vaginais, em que deixam apenas uma pequena abertura para a urina e a menstruação”.
A grande parte não é feita com materiais esterilizados, é feito em práticas de grupo por mulheres da comunidade que usam facas, lâminas ou até mesmo cacos de vidro. Os efeitos vão de tumores até morte por sangramento intermitente. Além de danos psicológicos em mulheres e crianças que se sentem humilhadas, desprotegidas, e com ansiedade e terror. E é justamente esse um dos motivos da prática existir até hoje: pois as mulheres mutiladas são vistas como mais “dóceis” – já que sentem medo o tempo todo.
Outro fator da prática existir é a crença de que os órgãos sexuais femininos são “impuros” e que só o homem tem o direito ao prazer.


Equality Now Africa Rising produziu o documentário sobre as mulheres que lutam pelo fim da mutilação genital feminina, assista ele aqui.
fonte: juliapetit.com.br

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