24 de março de 2015

Construção de marca exige um mínimo de visão e ousadia


Sabemos que coleção de esmaltes Risqué já foi muito debatida. Mas acreditamos que duas reflexões ainda são importantes. Primeiro, um bom exemplo, de uma linha lançada pela Granado em julho de 2014, homenageando grandes escritoras. E o que isso tem de tão sensacional, afinal? É inteligente quando uma marca entende além do que o seu público diz, compreendendo as tendências da sociedade e por conseguinte do mercado. Em tempos em que os ciclos estão cada vez mais curtos, nenhuma liderança permite vantagem suficiente para que uma marca se dê ao luxo de ser passiva e míope, arriscando assim a perder protagonismo. 
  
Sim, foi isso que a Risqué fez. Não é ofensivo o conteúdo da campanha. Para a maioria das mulheres a mensagem passa sem incomodar, soa até fofa. É uma comunicação alinhada com os tempos, segura, e cômoda até. Entendemos quem defende que o barulho vêm de uma minoria, e que a polêmica só vai ajudar a marca a ganhar awareness (percepção de qualidade) e aumentar share (ideia do qual a marca compartilha). No entanto toda comunicação e interação com o consumidor constrói uma parte da narrativa da marca. 
  
E ai vem nosso segundo questionamento. Por que só ouvimos dessa coleção da Granado hoje? Porque o ataque aos erros, em qualquer tema ou esfera, é muito mais rápido e forte. Fora da zona de conforto, do calorzinho do óbvio e do senso comum existe um mundo de possibilidades. E tem sempre uns aventureiros experimentando esse universo. Pra quem se interessa por comunicação e criatividade são esses trabalhos e processos que valem a pena acompanhar.




fonte: b9.com.br

0 comentários:

Postar um comentário